ambada deste humilde antro, ando sumido, mas aqui está o narigudo que vocês tanto queriam… #NOT Nos últimos dias, andei matutando e começando a tocar um novo projeto, que vocês podem começar a conferir clicando AQUI (+18, #NSFW, proibido para menores e o bucentauro a quatro). O Sweet Desires é o filho mais novo da Rede a.k.a.一輝!!, e porque não dizer, o filho mais onanista de todos eles… Fora que logo no primeiro box da sidebar, tem uma megapiada interna que eu e o Erick estávamos discutindo no MSN. Quem pescou, pescou! Vamos ao assunto de hoje: 13 de julho é tido como o #diadorock, mas pra mim…
Hoje NÃO é Dia do Rock
Pra ouvir: Sweet Child O’Mine – Guns n’ Roses
IPC: Quem visita o site sempre já sabe que aqui é besteirol sem filtro e sem censura. Mesmo assim, se você está caindo de paraquedas, perdoe-me pelos palavrões no texto a seguir…
Não, você não começou lendo errado, afinal o disléxico aqui sou eu. Pra mim, hoje simplesmente não é Dia do Rock. E eu não vou cair no clichê de dizer que “o Dia do Rock é todo dia”. Mais do que um estilo musical – repleto de subestilos – o rock é um meio de vida (putz, olha aí um clichezaço…) e um estado de espírito (outro!!). O que a gente tá vendo por aí hoje em dia pode ser qualquer coisa, menos rock. Sugiro um projeto de lei mudando o Dia do Rock pro dia 2 de novembro, porque combina bem com a qualidade musical do gênero nesse fim de anos 2000: morta e enterrada a sete palmos do chão, sendo comido por vermes oportunistas. Eu sou do fim dos anos 80, na época em que o Brasil ainda tinha Renato Russo e Cazuza vivos, reverberantes e alucinadamente malucos – boa parte por orgias regadas a sexo, drogas e rock n’ roll, não necessariamente nessa mesma ordem.
Outro clichê: “aquela época que era boa…” Era, sim. Roqueiro era simplesmente a escória da sociedade. Roqueiro tinha pacto com o demônio. Roqueiro era “aidético”. Roqueiro era drogado, não tomava banho, roqueiro era terrorista, comunista, esquerdista e tudo mais que fosse de ruim. Só não era gente. Mas éramos a escória por motivos mais justos: nos anos 50, Elvis foi xingado de tudo quanto era nome na época porque revolucionava “rebolando demais”. Outros gênios da música, como Frank Sinatra, achavam aquilo um disparate, mas não tinham como combater. E por aqui, os anos 80 foram um período brilhante para a verdadeira música nacional. O “Rock Brasil” a todo vapor, letras que tinham ideologia, sentimento e, por que não dizer, paixão. Paralamas do Sucesso e Titãs nascendo, Barão Vermelho e Capital Inicial estourando, e em Brasília o Aborto Elétrico sacudia o Planalto Central, sempre mergulhado em crises não muito diferentes de agora. Blitz, Léo Jaime, Leoni, Kid Abelha… Goste você ou não goste de um ou mais desses, todo mundo sempre acabava ouvindo e achando que aquela maravilha não teria fim.
Mas aí veio a porra da década de 90. (Antes que me ataquem, eu sou eclético e ouço de QUASE tudo que você imaginar, dependendo principalmente do estado etílico. Não sou exemplo pra criticar música) E com a década de 90, vieram quatro tiros no peito do rock nacional: veio a onda do axé, a onda do pagode, a onda do funk e a onda do sertanejo. O rock como le gusta ainda teve uns lampejos: em 1995, os Mamonas Assassinas saíram do nada pra vender mais de 1 milhão de discos numa carreira infelizmente meteórica. Em geral, o rock deixou de ser moda, deixou de ser lucrativo. E as gravadoras resolveram reinventar o gênero pra voltar a fazer sucesso. Declínio atrás de declínio atrás de declínio, o rock foi se segmentando, se fragmentando, perdendo sua força como um gênero: virou um “adjetivo” lotado de ramificações: pop rock, metal, gótico, trash, punk, grunge… Mas nada que se compare à praga desse fim de década de 2000: os EMOs. Bandas que para serem diferentezinhas começaram a só tocar músicas de sofrimento, tristeza, “oh meu Deus como a vida é ruim”, “vou chorar porque vi um cachorrinho largado na rua”, “vou cortar os pulsos”. PORRA, MAURICIO, PORRA, TODO MUNDO!!
O rock deixou de ser feito para os jovens e passou a ser um produto alienante voltado para PRÉ-adolescentes. Qualquer merdinha que toca violão vai pra um Ídolos da vida e, se tem cara de “colírio” – veja só a que ponto chegamos – vira cantor. Cantor de “rock”. Aí vem uns moleques – pra não usar adjetivos piores, porém mais adequados – chamados NX Zero, Cine e Fresno e tentam esfregar na minha cara feia que são música. NO CU, patrão… Nem que tomem doses cavalares de testosterona e jeito de gente, serão músicos, quanto mais de rock. NUNCA SERÃO!! E hoje eu vi um suposto veículo de comunicação twittar que o NX Zero “é uma grande referência do rock nos anos 2000“. Eu não sabia que MERDA tinha referência… Eles mesmos se definem como não tendo nexo nenhum – daí o nome da banda – e têm menos relevância ainda.
E quando achávamos que o fundo do poço já havia chegado, mais porcaria: os emos deixaram de usar preto para fazerem arremendos de música combinados com calças coloridas e usando golas em “V”. Nasce a famigerada “Família Restart”, que orkutiza todas as redes sociais, acha qualquer coisa uma #putafaltadesacanagem e “xinga muito no Twitter”. E alguém defecou o Fiuk nas rádios e na TV. É o único “roqueiro” que consegue ter um pai mais roqueiro que ele. E o pai dele não canta rock… Mas há males que vêm para o bem. Hoje mesmo, eu vejo no já desacreditado Trending Topics Brasil termos como “Led Zeppelin”, “Iron Maiden”, “Raul Seixas”, “Rolling Stones”, “Jimi Hendrix”, “Pearl Jam” e “Foo Fighters”. E de lambuja, #diadorock no TT mundial. Nós somos a resistência!
Eu quero voltar a ser a escória da sociedade. Mas por ser roqueiro, e não por odiar os produtos que a indústria tenta me enfiar goela abaixo. Me desculpem se eu pareço meio derrotista, pessimista e com um texto meio suicida. Na verdade, é só luto pelo verdadeiro rock. Que aqui jaz (por enquanto), e precisa ser ressuscitado, antes que o Apocalipse musical chegue de vez.
Pra fechar, uma tirinha de raiz… E que Janái Himura dê vida longa ao Rock!!!
– もちろん、我はロックに長寿命を与える!! そして、お前は我がロッカーですが、クレーマーのすべての束が雌これらのたわごとバンドか知ってる?
Janái Himura não tolera emos, tem um filho e um neto metaleiros e é fã de Elvis Presley…
UPDATE (13 de julho, 21h58) – Atendendo a pedidos, mais musicaços dignos pra esse dia…
Janái Himura recomenda: The Unforgiven – Metallica
Erick Von Draxeler recomenda: Digging The Grave – Faith No More
Victor von Draxeler recomenda: YYZ – Rush
Sérgio Avellar Jr. recomenda: Welcome To The Jungle – Guns n’ Roses
Danilo Carvalho recomenda: Mann Gegen Mann – Rammstein
Aline Pina recomenda: Porch – Pearl Jam
Netevi Gomes recomenda: Highway to Hell – AC/DC
Douglas William (namorado da Netevi) recomenda: Journey Through The Decade – Gackt
Rodrigo Vilela (Santos – SP) recomenda: Two-Lane Blacktop – Rob Zombie
Dica: Janái Himura há de abençoar o rock porque um dos maiores ídolos dela, por acaso, é o Elvis, Rei do Rock… A promotoria encerra…
E eu recomendo: Rob Zombie – Two lane blacktop!!!
Boa, 06… Ou melhor: ótimo, caros cupanhêros roqueiros… Só musica boa. Eu bem que ia colocar Highway To Hell, mas esqueci na hora de postar! #fail
E só pra constar: 370 visitas ontem, recorde desse mês!! ISSO É ROCK N’ ROLL, PORRA!!!!