Edição 1812 – Modinhas, bullying e heterofobia

em coisas no Brasil que são muito engraçadas, pra dizer o mínimo. Agora está na moda todo mundo seguir as modinhas, só porque elas estão na moda (INCEPTION?). Por exemplo, essa palhaçada de bullying. “Ai, temos que nos unir contra o bullying, porque faz muito mal às nossas crianças…” FAZ MAL É A MINHA TROSOBA NO RABO DE QUEM DIZ ISSO!! A última historinha dessas foi na chacina da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio. Os meus colegas da imprensa se dividiram em alguns estilos de cobertura da tragédia: já que o imbecil do atirador Wellington Menezes de Oliveira se matou, tentou-se a todo custo achar um culpado que pudesse ser preso e execrado. Foram em cima de quem vendeu as armas – justo, por sinal – e estão tentando vincular o atirador ao islamismo de forma que os muçulmanos sejam tachados (de novo) de terroristas. Mas peraí, isso não é bullying?

Capa do jornal Meia Hora de 08/04
Capa do jornal Meia Hora de 08/04

E tem também a linha de que ele era introvertido e intimidado porque sofreu bullying na adolescência, na mesma escola onde promoveu o massacre. CARALHINHOS VOADORES: você, leitor deste humilde blog nerd, nunca sofreu com valentões? Nunca tomou um cuecão, foi xingado de gordo/magrelo/preto/branquelo ou ganhou apelidos vexatórios? Eu tinha uma porrada deles, era até chamado de viado – porque sempre andei mais com mulheres do que homens – e nem por isso vocês me veem matando gente por aí. Outros “jornalistas” voltaram a dizer que a culpa era dos videogames violentos. Você aí que também joga Counter-Strike, GTA e similares, já teve surtos psicóticos de matar dezenas de pessoas? Tenho certeza que não. A prova disso é que, ironicamente, os twitteiros colocaram piadinhas com a tag #videogamemata no alto dos Trending Topics brasileiros por horas.

Ao lado, a brilhante capa do tão mal falado tabloide carioca Meia Hora, no dia seguinte à tragédia. De quem justamente se esperava sangue jorrando na capa, foi onde se teve a homenagem mais bonita. Wellington, ao que parece, era esquizofrênico. Doente mental. E com a esquizofrenia, só vale a verdade do doente. Provavelmente, por isso ele matou muito mais meninas. Ele não era muçulmano – fez menções a Jesus na carta que deixou – e muito menos terrorista: era sim um doente mental. O próprio atirador disse que sua revolta não era culpa do bullying. Então, senhores, queiram parar de palhaçada e vamos ler mais antes de falar merda.

Outra coisa que me faz arrancar os cabelos são os pseudointelectuais que gostam de dizer que tudo é homofobia. O melhor exemplo é o brilhante texto do Rica Perrone, sobre a babaquice de punirem o Cruzeiro (o clube) pela manifestação de sua torcida, que xingou Michael dos Santos, do Vôlei Futuro, de “bicha”. Foi feito um circo a partir daí: jogo das equipes na Globo, com balões rosas na torcida do “time ofendido” e até o líbero da equipe paulista de camisa arco-íris. Perrone é um dos únicos que se posicionou contra a medida, e foi xingado de homofóbico por muita gente desinformada.

Michael é assumidamente gay, e não é o primeiro e muito menos o último atleta a ser chamado de bicha em um estádio. Quem não se lembra dos insultos ao atual goleiro da Seleção, Júlio César, quando jogava no Flamengo? As torcidas rivais ironizavam o fato de sua mulher, Suzana Werner, já ter namorado Ronaldo. E o Richarlyson, hoje no Atlético-MG? Quantas vezes não fora chamado de gay e outros impropérios? E em nenhum desses casos, se viu como hoje ONGs e blogueiros xingando o jornalista de homofóbico por ter opinião. Assim como vão me ameaçar nos comentários, posso apostar.

O narrador André Henning opina no Twitter
O narrador André Henning opina no Twitter

A verdade, amigos, é que com a moda do “politicamente correto”, está se criando uma verdadeira heterofobia. Você não pode mais querer ser heterossexual e ir contra qualquer pensamento de qualquer assunto de um gay, que é tachado de homofóbico. Daqui a pouco, vão me chamar de homofóbico até se eu não votar em um político homossexual. Os gays tem paradas de orgulho, mas se alguém criar o “Dia do Orgulho Heterossexual”, vai preso e vão até pixar a porta de casa. Brasil, um país onde TUDO é bullying!

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Comments (6)

  1. Concordo plenamente com o Primeiro Paragrafo!
    Alegam bullying, sendo que atacam uma religião!

    Não tem como não ficar do lado do Rica Perrone, ele gritou a PUNIÇÃO ao clube pela atitude da torcida e não o jogador, ser ou não gay.

    Até mesmo o Ronaldo, dormiu com 3 travestis e os travestis foram Capa de Jornal…. Raça, Amor e Paixão.
    Cade os grupos homoafetivos para dizer que o jornal foi homofóbico, tendencioso, malicioso.
    Mesmo jornal que é conhecido por suas capas esdruxulas… o qual foi citado no post.

    Tenho MEDO, muito MEDO do que o mundo está virando.
    Se um homossexual furar fila e eu reclamar será homofobia.
    Se eu pisar, sem querer no pé de um homossexual, será homofobia!

    Não ferra!!
    Como disse o Rica Perrone, direitos iguais são IGUAIS, não privilégios.

    Se não daqui a pouco veremos nos tribunais uma lésbica acusando um gay de homofobia.

  2. EU axo que se deve ter respeito. O que eles estao fazendo jah esta ridiculo,porque voce pode ser homofobico e ninguem vai mudar sua opiniao. porem isso nao lhe dah o direito de xingar gay e travestis e lesbicas.Estao taxando os gays de coitadinhos e fazem isso como uma mae protetora que nao gosta de ver seu filho levando fumo :p

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