a.k.a.一輝!! – Edição 1706

– Parece que os candidatos não querem mais fazer democracia. Pelas propagandas que ouço, não tenho o direito de escolher pelo melhor do meu país, tenho o direito de escolher o MENOS PIOR. Uma campanha em que nenhum candidato fala de si, o que pode oferecer e sim gasta sua maior parte do tempo criticando o outro que é isso, aquilo, deixa de fazer isso ou aquilo, não está preocupado que eu conheça suas propostas. Dilma e Serra estão apenas preocupados que eu não vote no adversário ._.

– Isso é verdade… “Eu sou menos podre, vote em mim!”

ste diálogo que abre a edição de hoje não é nenhuma criação de texto que eu sempre faço no site… Ele aconteceu de verdade no Facebook, envolvendo os integrantes citados acima… E este diálogo virou um “triálogo” quando outra amiga da Nina engrossou o coro:

Concordo totalmente com você e acho que, no caso desses dois candidatos, o que a gente vai estar fazendo é isso mesmo! Para mim, o pior de tudo tem sido o fato de que ambos (e também seus partidos) estão discutindo questões – aborto e casamento gay – que (na boa) não são tão importantes quanto a saúde, a educação, a segurança pública, etc. Apenas porque se renderam ao conservadorismo de uma grande parcela da população. Isso está bizarro, na minha opinião.

Até parece que o pessoal não conhece a propaganda política no Brasil… Desde que o mundo é mundo, a campanha política brasileira consiste nisso: trollar o adversário, principalmente no segundo turno… Vou mostrar alguns exemplos ocorridos em 21 anos de eleições diretas, que provavelmente muitos de vocês nem se lembravam… A Nina então, nem existia quando votamos pra presidente pela primeira vez em 1989…

– Pra quem não sabe, eu sou de 13 de novembro de 1991…
– O que, pelas minhas contas, indica que você foi concebida no carnaval, o que explica o fato de você ser assim, tão porra louca das ideias…
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• Nas Eleições de 1989, o candidato Fernando Collor trollava o candidato Lula, dizendo que se o Lula fosse eleito, ele ia congelar as cadernetas de poupança da população, etc, etc… (quando, por acaso, o próprio Collor fez isso…)
• Nas Eleições de 2002, os candidatos José Serra e Ciro Gomes se trollavam entre si, no primeiro turno… Segundo uma charge na época, eles deixariam pra xingar o Lula depois, no segundo turno…

Isso porque eu estou citando os exemplos nacionais!! Eu me lembro nas Eleições Municipais de 2004 do César Maia e do Conde discutindo muito feio num debate da Rede Globo… Pura trollagem mútua entre ambos…

A preocupação dos candidatos não é a de que os eleitores votem nele, é a de que estes não votem no adversário… Como eu já disse outras vezes: os candidatos não apresentam propostas DELES, apresentam os erros do adversário… Algo parecido com isso:

– O meu oponente Vinícius não está capacitado para assumir um cargo tão importante como o de presidente  do a.k.a.一輝!!… Ele mora mal, tem cara de Mad e, principalmente, é noivo da Joelma do Calypso, que mora em São Gonçalo… E, claro, não posso esquecer que ele é filho da Carmem!!

– A minha oponente Nina não tem condições de assumir a presidência do a.k.a.一輝!! porque ela é feia, gorda, chata, botafoguense, tem cabelo ruim, bota fogo na cozinha e ainda namora um bombeirinho que consegue ser mais baixo que ela… E, principalmente, é fã #1 do atual presidente, cuja gestão deixa muito a desejar…

Entenderam? É mais ou menos assim que a coisa funciona… E hoje em dia, oposição e situação não diferem muito um do outro… Tanto faz se for o PT ou o PSDB no poder: mudam as moscas, mas a merda ainda é a mesma… É que nem acontece nos Zéua: tanto faz se o presidente é um Democrata ou um Republicano, a política que ambos adotam é muito parecida…

…exceto, claro, quando o presidente é um Bush, quando a política do presidente em questão se torna extremamente belicista…

Uma vez eu estava comentando com a Pina sobre isso: brasileiro não vota no projeto do candidato, mas sim no jingle dele!! A própria Pina comentou nesse dia que ainda se lembra do jingle do Paulo Memória, candidato a prefeito em 1996… Quem não se lembra do “Lula-lá” entoado na campanha de 1989? Quantas vezes já não me peguei cantarolando “Ey-Ey-Eymael” (José Maria Eymael, candidato à presidência em 1998, 2006 e 2010), ou a música do Rogério do Salão, candidato eleito à prefeitura de Queimados em 2004…

– Porra, Erick!! Rogério do Salão?!
– Pois é… Isso faz parte de um episódio obscuro que eu gostaria MUITO de esquecer…

Conclusão da porra toda: FUDEU!! DE!! VEZ!! O que nos resta é ver os candidatos e ver com qual dos dois nós vamos PERDER MENOS… Porque, GANHAR MAIS, acho meio difícil…

Aproveito o dia de hoje para mandar um “Salve” para todos os professores que já cruzaram meu caminho, vivos ou não… Cada um deles que me aturou nos meus tempos de colégio e faculdade, deixo o meu carinho, por mais que eu os tenha odiado em algum momento da minha vida por causa de uma nota questionável, mas isso dá pra relevar… Professores são, antes de mais nada, seres humanos, passíveis de erro… Não cabe citar o nome de TODOS os quase duzentos professores que eu conheci ao longo dos meus 27 anos de vida, porque minha memória não é tão foda assim e eu não quero cometer a injustiça de ter esquecido de algum deles, mas saiba que eu lembrei de você de alguma forma…

No entanto, existem três professores que eu faço questão de citar o nome, por experiências negativas que, sinceramente, eu esperaria de qualquer profissional, exceto o professor… E não me venham com a desculpa de que “eles tinham que ensinar como a vida é cruel”, porque, definitivamente, a vida, que é a melhor professora que temos, já nos ensina isso todo santo dia…

• Miriam, professora na escola Crescendo, em 1989 – incentivava um dos alunos a bater em outro coleguinha e trancou um menino de 6 anos no banheiro porque ele havia fechado a porta do mesmo, sem saber que ela estava trancada… (dica: o coleguinha que apanhava e o menino que foi preso no banheiro era o mesmo…)
• Denise, professora do colégio Nosso Lar em 1993 – censurou de todas as formas possíveis um aluno de 10 anos, chegando ao extremo de isolá-lo do resto da turma, talvez por puro prazer próprio… (dela…)
• Fábio Tubino, professor na Universidade Gama Filho em 2005 e 2006 – trollava um de seus alunos, com piadas de cunho homofóbico DURANTE AS AULAS, e o ludibriou, fazendo-o acreditar que este havia sido aprovado em sua matéria, quando sua nota sequer foi lançada no sistema…

Porque ninguém é filho da puta à toa… Sempre tem alguém pra estragar… Além disso, quem bate, nunca se lembra, e quem apanha, nunca se esquece…

“Agora já sei por que vai haver Juízo FINAL: é porque ninguém tem culpa sozinho!!”
Carlinhos, personagem de “Supermãe”, de Ziraldo

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