a.k.a.一輝!! – Edição 1583

ueridos leitores do a.k.a.一輝!!, eu peço licença pra falar de coisa séria… Eu sei, este é um blog de humor, e todos nós estamos esperando o Erick postar os podres do aniversário dele, mas me bateu uma inspiração para escrever sobre as próximas eleições. E esse é o assunto do post de hoje!


Não, eu não quero outro Obama

Uma tendência que veio junto com a onda de ebulição das mídias sociais é a presença de políticos nelas. Claro, todos querem mostrar que sabem lidar com seu público, gabar-se de suas realizações, alfinetar adversários e – por que não, afinal é de graça? – fazer das redes seu palanque. A inspiração tem nome e sobrenome: Barack Obama. O presidente americano não foi o primeiro a utilizar meios digitais para turbinar sua campanha, mas foi o que melhor soube trabalhar novas tendências e promoção de ideias, sem que parecesse SPAM.

E na primeira eleição brasileira depois desse “furacão”, todos querem ser o novo Obama. Mas não, senhoras e senhores. Eu não quero um outro Obama. Eu quero alguém que saiba dialogar com seu eleitorado, mas não porque alguém lá fora fez e deu certo. E sim porque tem essa vocação na veia, por paixão. Eu não quero o “fulaninho paz e amor”, o beltrano que se esconde da imprensa, e que só confraterniza com o público porque aquele programa de humor está com as câmeras ligadas.

Simplesmente não me agrada ter mais do mesmo, e dar o meu suado dinheirinho dos impostos pra quem se perpetua no poder há gerações. Sabe aquele seu lanche de R$ 20 no fast-food? Ele tem quase R$ 2 só de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Esse tributo varia de estado para estado, mas tenha a certeza de que em tudo o que consumimos, lá estão as taxas que engordam a inflada máquina pública. Num país em que governador põe dinheiro na cueca, presidente de assembleia legislativa tem fazenda de trabalho escravo e senador desvia verbas para fundação, a internet vira a selva onde vale tudo para angariar mais um voto.

Os jovens viraram a ambição dos “novos” políticos. Não só pelo potencial de militância, mas também pela possibilidade de uma palavra dita na hora certa tem de se tornar viral. E, definitivamente, o Brasil não está preparado para eleições presidenciais comentadas em redes sociais. A revista Veja aproveitou-se de uma brincadeira de blogueiros, que imitaram uma pose do pré-candidato José Serra (PSDB), para fazer campanha eleitoral disfarçada de reportagem. No Twitter, o termo “Censurem Dilma” chegou a ser o assunto mais comentado no país. A pré-candidata do PT montou um “bunker digital”, com jornalistas e formadores de opinião a postos para defendê-la na campanha. E a pré-candidata Marina Silva (PV) tem em seu blog um layout claramente feito segundo o “estilo Obama”. Se em 2006 até um suposto dossiê foi feito, preparem-se: estas serão as eleições dos ataques via replies, tags e links. Fichas criminais virão à tona, e nada será imoral demais na tentativa de conquistar o eleitorado. A época da arena virtual está só no começo.

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