Edição 1994 – Nostalgia

ompartilho com vocês uma “Edição Kuuga” (nostalgia = 懐古 kaiko) sobre como eu adoro jogos antigos… OK, já devo ter dito isso umas trezentas vezes neste site, mas enfim… Talvez seja pelo fato de eu ter crescido com isso, mas, sei lá… Jogos antigos são melhores de algum jeito…

Aliás, muitas coisas antigas são melhores que as novas… E não vou fazer comparações de várias novinhas, nas quais JH-sama dá de dez a zero nelas… Aliás, isso tem um bocado a ver com ela também… E também com a Dot, que eu acho que vai se surpreender MUITO com certas coisas que ela verá neste post, a grande maioria delas datada de uma época em que ela nem existia…

– Nyah?
– Tem coisa aqui mais velha que eu… Espia só…

Antes de prosseguir: a Dot me serviu de inspiração para este post, ao me mandar este vídeo, comparando o Megaman clássico do NES com Megaman X do Super Nintendo… E, sim, resolvi jogar esta merda, por causa deste vídeo que a Dot mandou… E, parafraseando este mesmo vídeo, “MEGAMAN X IS SO FUCKING GOOD THAT MAKES MY DICK ROCK HARD!!“…

E já que eu citei a cunhada japa da Dot, vejam estes dois exemplos: River Raid e Enduro, junto com suas respectivas caixas… Gráficos ultra-avançados e primorosos, só que ao contrário… A japonesinha perdeu horas e mais horas jogando esta merda e isso VICIAVA!! Meu irmão e meu pai também eram desses que perdiam horas jogando Atari…

Ah, claro… River Raid é datado de 1982… Ou seja: estamos no ano do 30º aniversário deste clássico… E o Enduro tem a minha idade… OK, pausa pra escrever cem vezes no meu caderno “NUNCA MAIS FAREI PIADAS COM A IDADE DA JANÁI“… Eu já estou me enquadrando na categoria “jurássico”…

– O que é “jurássico”?
– 我だ… おろ…

Himura Atari Kill…!!

– おばあちゃんの楽しく行く!! この野郎!!
– Bem que eu queria, mas as duas já morreram… Olha aí, fiz… 😀

Ano passado saiu o Mortal Kombat 9… A grande sacada do jogo não é o fato de este ser mais sanguinário que todas os MKs anteriores juntos, mas, principalmente pelo fato de este ter buscado retomar a formato original do jogo… Mas, convenhamos, o Sub-Zero arrancando a cabeça do oponente com a coluna e tudo, por mais tosco que pareça hoje em dia, vinte anos depois do lançamento do primeiro Mortal Kombat, ainda é algo muito foda de se ver, principalmente para classicistas como eu…

Apesar de ser modelado em 3D, a jogabilidade do Mortal Kombat 9 é em 2D… Lembra do New Super Mario Bros. pro Nintendo DS? Não confundam com o Super Mario All Stars, que nada mais é do que o jogo original com os gráficos atualizados do SNES… Não, eles criaram um novo Super Mario Bros., nos moldes do jogo original, mas com recursos gráficos mais atuais e alguns itens mais recentes… É um up no gráfico, mas o modo de jogo remete a como se costumava fazer duas décadas e meia atrás…

Outro jogo clássico que ganhoum um senhor update recentemente foi Duke Nukem… Também no ano passado, Duke Nukem Forever foi lançado depois de QUINZE ANOS DE DESENVOLVIMENTO!! E, sinceramente, apesar do gráfico gigantescamente fodástico e de várias sacadas geniais que DNF soltou no jogo, Duke Nukem Forever, como jogo, é uma merda!! Prefiro mil vezes o original, aqui do lado, que podia ter um gráfico bem inferior, mas a jogabilidade era bem melhor…

Assim como a maioria dos jogos atuais, Duke Nukem Forever tenta compensar a merda que é como jogo com… Adivinhem só… Gráficos sensacionais e toneladas de cutscenes… Faço uma pergunta pra você, caro leitor… O que você prefere: uma garota que seja maravilhosamente gostosa mas que seja um desastre na cama ou uma garota “bonitinha”, mas que seja uma deusa do sexo?

IPC: Esta pergunta foi feita baseada no meu gênero e orientação sexual… Se você é menina e/ou gay, fazer as adaptações necessárias… Grato…

Aonde eu quero chegar com isso? Vamos lá, aqui do lado tem outro exemplo: DOOM… Mais um jogo que é mais velho que a Dot (Doom é de 10/12/1993; Duke Nukem 3D é de 29/01/1996…), mas que eu ainda me pego jogando de vez em quando… E, acreditem, toda hora estão fazendo alguma atualização para o jogo, fases, monstros, gráficos…

A propósito, se o Doom clássico tivesse sido feito hoje em dia, ele seria algo parecido com isso… Compare com um gameplay do jogo original e entenda o que eu quero dizer… Novamente, a pergunta: a gostosa ruim de cama ou a bonitinha que “dá nó em cabo de cereja”?

– Bem lembrado, Jessie… O que significa “dar nó em cabo de cereja”?
– Se uma pessoa consegue dar nó no cabo de uma cereja com a língua, quer dizer que ela tem muita habilidade com a língua…

– Você consegue?
– Não é da sua conta… Pi-ka…

Himura Cherry Kill…!!

– Moisés não consegue…

Eu lembro de ter citado a Dot lá no começo desse post… Se ela leu este post até aqui, deve ter se espantado com os jogos antigos que eu postei aqui… Aí vem mais um detalhe interessante: A screen aqui do lado está na resolução original dela, de 320×200… Olha a screen aí em cima o tamanho real dela, só pra você ter uma noção de como 20 anos fazem diferença…

E, claro, a série F1 da Codemasters tem gráficos muito bons, mas a jogabilidade dele é muito “arcade”… Parece que eu estou jogando, sei lá, Daytona USA… Aí vou eu comparar o Grand Prix 1, que é de 1992, com os F1 2011 de hoje… A molecada de hoje vai preferir o jogo novo por causa do gráfico fuderoso, mas bota eles pra jogar o F1GP antigo… Simplesmente não conseguem, Moisés…

Pausa pra desenterrar um Super Monaco GP… Um clássico do Mega Drive que nos permitia contornar o S do Senna em Interlagos a 323 km/h e marcando voltas em 48 segundos… (aos que boiam: na época do lançamento deste jogo, 16/07/1992, a velocidade média no S do Senna era algo próximo de 115 km/h e o tempo médio das voltas era algo em torno de 1 minuto e 17 segundos…)

E, mesmo com todo esse realismo, só que ao contrário, era muito foda jogar isso… Você, quase trintão, deve estar chorando lágrimas nerds de nostalgia ao lembrar das horas que você perdeu jogando videogame… Ainda que os gráficos não fossem tão supremos, ou os jogos não tivessem tanta lógica quanto hoje em dia, era impressionante como a gente conseguia se divertir com esses jogos…

Não era o gráfico que nos divertia, era A PORRA DO JOGO!! Que me atire a primeira pedra o trintão que nunca perdeu uma fichinha sequer jogando Cadillacs and Dinosaurs… Só o fato de existir uma fase em que você pegava um Cadillac e saia atropelando geral pelo caminho era algo sensacional!! Nem o GTA dos mais recentes, na minha opinião, é capaz de causar a mesma emoção…

Aí os videogames mais modernos resolveram inventar um monte de moda em 3D que, teoricamente, visava alcançar um novo público, mas se esqueceram do pessoal das antigas… De uns tempos pra cá, alguns produtores de jogos resolveram pensar um pouco: como fazer um gráfico ultra foda pra caralho, mas também fazendo o jogo ser legal de se jogar? Ainda mais numa época em que os jogos originais custam quase 200 lascas, tem que se fazer valer a pena tanto dinheiro investido… (a propósito, o mesmo Sequelitis que eu mencionei lá no começo do texto fala justamente sobre isso quando comparam Castlevania 1 com Castlevania 2…)

E aí tiveram a fantástica ideota de fazer jogos em 2.5D… O visual em 3D, mas a jogabilidade em 2D… Além de Super Mario Bros. e Mortal Kombat, outros jogos que voltaram às origens foram Sonic, Donkey Kong e, claro, como não poderia deixar de ser…

Custava ser isso o tempo todo? Street Fighter é um ótimo exemplo de que certas inovações nem sempre são bem-vindas, principalmente por questões de “modinhas”… Gráficos em 3D ou HD, tanto faz, mas isso tudo não adianta nada se o jogo em si é uma merda… Lembrem-se da gostosa ruim de cama…

Mas, claro, os classicistas como eu ainda preferem “esta merda” acima… Só quem viveu essa época no auge sabe o que é essa sensação de ter em mãos um jogo ultra foda, que você quer jogar de novo, de novo, de novo e de novo… ISSO é videogame!! Não é aquela merda de “wiideogame de wiiado” que, sinceramente, eu não curto muito… Mesmo…

Pausa pra ver o Allejo jogar… Aliás, todo mundo que já jogou International Supertar Soccer Deluxe sabe BEM quem é o Allejo… Ele pegava na bola e não tinha pra ninguém!! Não é à toa que o Mesa de Boteco chama a premiação pro melhor da semana de Troféu Allejo… Tudo isso que eu mencionei neste post são apenas relatos de um jovem de quase trinta anos de idade que teve uma infância relativamente feliz jogando videogame…

E não era essa porra de PlayStation3 ou XBox360 não, nem desses PCs turbinados com Windows 7, processadores quad-core de, sei lá, 10 GHz… Não, eram Super Nintendos, Mega Drives ou 486s… Hoje você instala um jogo com um DVD, talvez um blu-ray… Eu instalava jogos em disquetes de 3,5 polegadas… Você tem um arquivo de instalação todo bonitinho… Sabem o que eu tinha?

C:\>arj x jogo.arj

Só os fortes sabem o que isso fazia…

Enfim, pra fechar, quero compartilhar um momento de ócio com vocês, ainda pegando carona no tema “jogos antigos vs. jogos novos”… O pessoal deve se lembrar da série IndyCar Racing, da Papyrus… Alguns também devem se lembrar da série NASCAR Racing, também da Papyrus… Enquanto o primeiro título da série foi lançado em 1994, Nascar 4 é datado de 06/02/2001…

Não se trata apenas de uma atualização gráfica: Nascar 4 (aqui em cima…) é bem melhor de se jogar que Nascar 1 (aqui do lado…), embora o primeiro jogo ainda seja muito bom de se jogar…

Lembro que IndyCar Racing e Nascar foram os primeiros jogos, talvez os únicos, que vinham com um programa do próprio produtor do jogo pra editar os carros, o Paint Kit… Era, talvez, um atrativo a mais pro jogador, você poder correr num carro que fosse a sua cara… (e quem já é visitante mais velho sabe BEM que eu adoro fazer carros personalizados pra estes jogos…)

E o que uma mente ociosa faz numa hora dessas? Pinta o sete… Ou melhor, pinta o 83…

#83 no Nascar 1, um Ford Thunderbird…

#83 no Nascar 4, um Chevy Monte Carlo 55…

Os mais veteranos se perguntam por que 83 e não 18… Porque já existe o carro #18 oficialmente na Nascar… E menciona o ano do meu nascimento, 1983…

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